sábado, 11 de dezembro de 2010

O que nos move? (ou: a primeira Volta a gente nunca esquece)

logo_eventoDeitado na minha cama, de pernas para o ar, num descanso merecido, me fiz uma indagação que, por falta de resposta imediata, gerou a ideia deste post. #tavaatoa
O que te move? Ou melhor, o que nos move? Move up yourself!

Participei nesse fim de semana da XII Volta da Pampulha – minha estreia na prova – corrida sediada na capital mineira, no entorno da Lagoa da Pampulha. São 17,8 km de percurso e, nesse ano, sob um sol escaldante. No ano passado havia feito a inscrição para a corrida mas, por aquelas questões que a gente jamais vai esquecer na vida, típica de um amador, desisti de corrê-la. #frustacao

A orla da lagoa é a minha segunda casa; é lá que eu geralmente treino, nos fins de tarde desse belo horizonte. Meu longão, como não podia deixar de ser, é a própria volta à Lagoa. Então, a corrida em si, no domingo, não me causaria nenhum surpresa, por ser o local a minha “pista” de treino. #treinododia

Ocorre que fui tomado de uma ansiedade ímpar na sexta-feira pré-prova, logo eu, um cara centrado, por conta do que se prenunciava a ocorrer – e de fato aconteceu – que foi o encontro com os festivos e alegres Twittersrun. Uma COMUM UNIDADE de pessoas que seguem um mesmo objetivo: correr. Cada qual no seu tempo, cada um no seu ritmo, mas todos, sem exceção, vibrantes na corrida. #twittersrun

Costumo sempre dizer lá no twitter que temos que honrar a camisa, ou seja, bora lá correr e, no domingo, a camisa que honramos, literalmente, arrasou.  Todo mundo ali, “bunitinho”, uniformizados, iguaizinhos aquelas crianças no primeiro dia de “aula”, no Jardim de Infância (… ainda existem nessa concepção? #saudadesdomeujardim).

Antes, na noite anterior, a galera se confraternizou num jantar, que bombou, na descontração, na audiência, no reencontro, enfim, #tudodebom #queromais.
036Aquela ansiedade que mencionei aí três parágrafos acima logo passou, com as mensagens dos parceiros e o “findi” foi perfeito.  Aliás, quase, porque os sóis  literalmente derreteram nossos miolos. E aqui, um #desabafo: por que as provas da Yescom sempre começam às 9h? É muito sacrifício para os atletas, tenham dó!

Devo mencionar ainda a inédita experiência – primeira e ficará na única mesmo – de correr “tuitando”, já de olho na matéria que a Globo Minas estava construindo sobre a gente. Pensei comigo: veja só, se somos #twittersrun, por que não tuitar a corrida? Lógico que a ideia não foi nenhum pouco original, pois temos colegas que já gravaram e filmaram toda uma corrida. Esses fatos nos fizeram celebridades instantâneas, com os nossos minutinhos de fama.

Mas, retornando aqui ao título do post, solicito a ajuda de você leitor, para encontrar algumas respostas?
  • O que move um pai a rodar vários quilômetros, deixando esposa e filho recém nascido na maternidade, e vem do interior para a capital?
  • O que move pessoas de diversas localidades encomendarem doces de outra, também vinda de tão longe, carregando as encomendas na bagagem, quando em qualquer Mercado Central a gente encontra essas delícias?
  • O que move alguns a quererem retornar no próximo ano, para repetirem tudo de novo, quando nesse ano enfrentaram um caos aéreo que as fizeram dormir no chão do aeroporto?
  • O que move o desprendimento e a disponibilidade de quem ficou por conta da organização, cujo “evento paralelo” se tornou mais comentado do que a própria corrida em si?
  • O que move alguém a deixar pra trás festa em família, a chegada de um parente distante, esposas e esposos, namorados e namoradas?
  • O que nos move a sair domingo cedo de casa, recusar caronas para o local da prova, encarar um transporte coletivo, se dirigir ao centro da cidade, para, “simplesmente”, se juntar a outros e ainda pagar por isto?
  • E o que move aqueles que não foram correr, mas se mostraram ali presentes, bancando o “staff” de apoio?
Afinal de contas, o que move essas pessoas????

Leitor, se você não consegue responder a essas perguntas, experimente correr, crie um perfil no twitter e comece seguindo o @twitersrun. Depois você me conta.

E se você já corre, deixe um comentário aí dizendo o que te move.

Pois eu sou o Ricardo e sigo construindo a minha história. Follow me …. if you can!
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domingo, 7 de novembro de 2010

Quando o céu desaba em nossa terra, a gente corre também

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Depois de correr em Sampa no mês de setembro debaixo de um aguaceiro (leia aí abaixo, no outro post), no sábado, dia 06/11, foi a vez de passar por mais uma prova, opa, participar de mais uma prova debaixo de forte chuva, só que desta vez aqui em Beagá.

Como sou um profissional a serviço do público, participei da nossa 15ª Semana do Servidor, que foi encerrada com a 3ª Corrida TJMG e Caminhada “De bem com a vida”.

E, de bem com a vida, lá fomos para uma corridinha de 5km, no entorno do Fórum Lafayette. hehe E teria sido isso mesmo se não tivesse caído uma torrencial chuva, antes e durante o evento.

Sem local para abrigo, ficamos ali, encharcados, ensopados, molhados, aguardando a largada, já lavando a alma, literalmente._n Como tem sido de praxe, amigos tuiteiros marcaram presença. Lá estavam o @ascaldaferri, o @Benitoricoy e mais um recém chegado – na turma e na corrida, o @giordanoat.

Como não poderia deixar de ser, em todo batismo, há a presença de água, não é mesmo? E o Giordano – que agora nos brinda também com um blog - , “começou a treinar a exatos 69 dias antes”, chegou numa alegria danada (o nerd aí – termo cunhado por ele mesmo - é preciosista).

Corredor que corre por prazer é assim mesmo: debaixo de uma chuva danada, todo molhado, largado de seu personal trainer virtual, chega sorrindo.

E o que não dizer do Alexandre? Eita, que o homem adora correr na chuva. Estava ali também, feliz, lavando verdadeiramente a alma de corredor.

Somos assim mesmo: “convocados” pelos amigos, vamos lá e comparecemos. Pois quando um twittersrun disponibiliza um convite ou apenas comenta sobre uma prova que vai ocorrer, em qualquer ponto do planeta, pronto, lá vamos nós.

Seja debaixo de chuva, num treino de madrugada, numa manhã fria de domingo ou numa noite de verão, e estamos lá. E, no nosso caso, já estávamos pensando no dia seguinte, pois cedinho, em virtude de uma convocação do nosso colega Benito, já iríamos correr em equipe, na Corporate Run.
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Chuvas à parte, também foi uma alegria rever colegas de trabalho, surpreender com outros que lá estavam, para caminhar, para correr, ou para, fraternalmente, prestigiar.

Realmente, o TJMG foi muito feliz no lema, pois debaixo de um dilúvio, só mesmo de bem com a vida, num sábado à tarde, chuvoso o dia todo, para a gente sair de casa e prestigiar o evento.

Parabéns a todos.

Eu sou o Ricardo e vou seguindo, construindo a minha história e fazendo parte da sua.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A Meia das águas

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Você vai notar que o título desse post está em desacordo com a “logo” dos promoventes da Meia Maratona das Pontes. Mas é isto mesmo. No dia 26 de setembro de 2010, dia da corrida, caiu água pra cara…mba. Cruzes.

Já treinei debaixo de água, sob trovadas, relâmpagos e falta de luz. Mas coisa passageira. Em Sampa, foi chuva o tempo todo. São Paulo de São Pedro que, como disse o Acácio em seu blog, “resolveu colocar todas as torneiras abertas sob a zona sul de São Paulo”.

Fomos correr num verdadeiro bate-e-volta. Eu, o @ascaldaferri e o @helbertgoes, amigos do twittersrun. Três mineiros em terras paulistas. Ida no sábado, retorno no domingo. Cada um com seu objetivo, cada uma na sua “cerimônia”, cada um no seu “sistema”.  Parênteses aqui, uma experiência diferente viajar acompanhado, eu que sempre encarei solitariamente as minhas idas e voltas às provas. Valeu.

Farras à parte (eu não sei de nada, eu não vi nada), fato é que, meu irmão, o domingo amanheceu naquele estado de garoa fina, para logo após vir uma chuva forte.  E a gente ali, passeando logo cedo (não vou dizer perdidos), pelas ruas de Santo Amaro, tendo uma outra visão de Sampa.

Com tudo dentro dos conformes, chuva pra cara….mba, chegamos a tempo e fomos para a largada que, estranhamente, iniciava-se debaixo de uma …. ponte! A Ponte Transamérica. O duro foi ficar no frio, debaixo d’água, aguardando uma largada que teimava em não ser dada.

Mas acho que foi melhor assim, porque se tivesse um calor escaldante na região da Marginal Pinheiros, teria sido muito pior, em face ao mal cheiro de esgoto a céu aberto. Porque não criam um boulevar ali, igual estão fazendo como nosso Ribeirão Arrudas? Ô paulistas, se liguem aí?
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cadê o rio que passava aqui?
Quanto à corrida em si, pra mim foi uma diversão só, correr sob a água, sobe ponte desce ponte, lavando a alma, literalmente. Despreocupado com o tempo que iria fazer, já estava feliz em estar ali. Gosto de São Paulo, uma cidade que me atrai não sei o porquê. É tudo imenso, longe, exagerado, bonito, feio, mas, com o seu diferencial.

Já havia corrido lá na São Silvestre do ano passado, na 25k e Meia da Yescom deste ano, retornando agora para a Meia das Pontes, num convite relâmpago (sem qualquer trocadilho) do @ascaldaferri, prontamente aceito por mim.

A vida é assim; pra correr, a gente não pensa muito, já faz as malas, coloca o tênis lá e vão bora.
Gostaria de mencionar aqui, a satisfação em conhecer outros colegas corredores de São Paulo, na festa do Colucci, que aconteceu no sábado.  O próprio Colucci, a queridíssima Yara Achôa, o @VicentSobrinho. Prazer.

Também a vida é assim; amigos aqui, amigos ali e a gente vai crescendo como ser humano.

Eu sou o Ricardo e vou construindo a minha história.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

As matas e o desafio

DSC00907 Enfim hoje foi o dia da segunda etapa do Desafio das Matas, uma adventure trail  por trilhas em terra e cascalho e terrenos acidentados realizada no Parque das Mangabeiras. Tive a oportundade de correr as duas edições.

Para quem não conhece, o nosso parque é a maior área verde de Belo Horizonte, com 337 hectares e mais de 2 milhões de metros quadrados, localizado na Serra do Curral, a mais de 1000 metros de altura. É local de preservação e pesquisa ambiental, habitado por mais de 161 espécies de aves, com 21 nascentes do Córrego da Serra, lagos e mata nativa, habitada por diferentes exemplares da fauna brasileira (A fauna é composta por 29 espécies de mamíferos como esquilos, gambás, tapitis, micos, tatus, quatis, 160 espécies de aves: andorinhas, bico de veludo, cambacicas, marias-pretas, sanhaços, caras sujas, azulões, pica-paus, 20 espécies de répteis e 19 anfíbios como a rã Hylodes uai, que tem em seu nome uma homenagem a Minas Gerais).Foi projetado pelo paisagista Roberto Burle Marx.

E, nesse cenário, loucos se aventuram a correr integrados à natureza.
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Ledo engano achar que, por ser apenas 8km de percurso, a coisa vai ser fácil. Para um corredor urbano, de asfalto, isso não é nada.

Mas lá em cima…..Para se ter uma ideia, a largada ocorre na Praça das Águas e, de cara, já temos uma subida e a primeira trilha. Quem quis começar a correr logo tem que andar porque, na trilha, meu amigo, a fila é quase que “indiana” e não dá para fazer muita coisa não.

Na running for nature tempo é o que menos importa. Não dá para tentar aquele nosso pace mágico, porque há trechos impossíveis de serem corridos. A preocupação é se manter em pé. Vale aqui, a atenção, porque um descuido, e lá vamos pro chão. Subidas “intermináveis”, descidas “impossíveis”, e não dá para recuperar o tempo perdido, apenas o fôlego.

Há uma área do parque que somente é aberta para os corredores passarem, não sendo uma área pública para a visitação comum. E nesse local, um outro ponto de vista temos do nosso belo horizonte. Parece que estamos no céu e, lá embaixo, vemos a cidade e o desafio da selva de pedra, crescendo sabe-se lá pra onde.

A gente anda, corre, ouve os pássaros, admira a natureza, detona os joelhos. Tênis, ao final, uma sujeira só. Mas, como diz a nossa colega Yara Achôa, a beleza é um “energético a parte” e isto, nos recompensa, a todo momento.

A prova termina onde começou, e temos aquela sensação de que nunca mais faremos aquilo de novo…. até abrirem a inscrição para a próxima etapa.

Olha, adventure trail é um outro estilo de corrida, difícil, mas interessante para testar a nossa resistência. E cá entre nós, ser diferente é instigante e correr “diferente” então, nem se fala.

Parafraseando o Zé Geraldo, na música Cidadão, a gente bate no peito e diz: “Tá vendo aquela serra moço? Eu também já corri lá”.

Eu sou o Ricardo e estou construindo a minha estrada. De terra.

domingo, 29 de agosto de 2010

A nortuna Ragga Nigth Run

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Ontem, dia 28 de agosto, os Associados Minas promoveram a corrida Ragga Night Run, de 5 e 10 km.

Já disse aqui anteriormente que as corridas de são promovidas na Pampulha, estão de desinteressando. Somente algumas, escolhidas a dedos, é que me disponho a participar. Para quem já treina na Pampulha diariamente, eu quero é variar.

E a Ragga trouxe um percuso diferente (embora em 2008, na minha segunda participação em uma corrida, eu tivesse corrido nesse mesmo percurso, na Corrida da CEMIG). Em suma, largada na Praça da Liberdade, alguns metros na Savassi, pegamos a Av. Brasil, descendo, chegamos na Av. Andradas, retorno até a Av. do Contorno e de volta para a Praça.


Corrida noturna é diferente, legal e a temperatura contribui. Corrida fora do eixo da
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Pampulha mais ainda. E que o que me agrada: ter a possibilidade de ver e sentir a cidade diferente, de um outro ponto de vista.


Cidadãos (e sou um deles também) sem saber o que está acontecendo, com aquele bando de loucos correndo; motoristas (também sou um) impacientes com o trânsito fechado, aguardando o bando de loucos passar; butequeiros (também tomo uma) alheios nos comes e bebes e o bando de loucos correndo.
E eu, fazendo parte do bando de loucos, que saem de casa num fim de tarde, para numa noite de sábado, correr pela cidade. Insanidade gostosa.

Tive o prazer de conhecer os twittersrun Augusto (@CorreGuto) e a sua esposa Luciana, e o Serginho (@RunSergioRun), corredores de alto astral. Também correu lá o Benito (@Benitoricoy). Tudo gente boa.

Prestaram “solidariedade”, o fera @ascaldferri e bela @nandabragap.

Bão demais sô.

Mais uma coisa: poderiam caprichar na medalha, hein!?

Sou o Ricardo e lá fui eu para a minha 28ª “prova”.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Correr sob o luar *

Todo corredor é um amador. Quem corre AMA, quem corre sente a DOR de uma lesão. Um romântico também é um amador. O romântico AMA, um romântico sente a DOR de um amor perdido.

O amador, corredor ou romântico, atleta ou poeta, não permanece insensível quando é presenteado com um luar tal qual este que nos maravilha no dia de hoje.

A lua, como uma mulher, é bela e de fases. Seu esplendor é a sua fase CHEIA, apta a ser admirada incomensuravelmente. A mulher é esplendorosa quando está CHEIA, entregue a amar e ser amada. 

O corredor também tem suas fases; uma hora é trote, noutra fartlek, daqui um " tiquim" um intervalado, e, depois, tiros.

Não dá - e não deu - para correr inerte ao olhar da lua, chamado de "luar". A gente corre observado, vigiado, iluminado, como se estivéssemos, o tempo todo, relegados a um objeto do desejo.

E a lua nos deseja. E quem é que não quer ser desejado pela Lua, essa "mulher" de fases? Todos nós, corredores, amadores, poetas, românticos.

*Eu sou o Ricardo e hoje foi mais um dia na minha vida

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Não é que voltei?

meia RJ
Trinta e cinco dias depois retornei à  Cidade Maravilhosa violentada para correr uma meia maratona. Infelizmente, no sábado de manhã, o Rio amanheceu sob um estado de guerra. Jornais já noticiaram os fatos, não vou reportá-los aqui, já que não é este o objetivo. Mas alguma coisa tem que ser feita.


Bom, violência à parte, 18/07 e 22/08 foram as datas designadas para as corridas de vinte e um quilômetros no Rio. Provas da Caixa e da Yescom. No ano passado eu já havia corrido a prova da Yescom.

Olha, confesso que acho o percurso da prova da Caixa mais, digamos, elegante e racional. Sim, correr com o imenso mar ao nosso lado, é magnífico. E a largada na Barra, na prova da Caixa, agrega melhor o visual. Contra, na prova da Yescom, é a sua parte final, já que o tal retorno que temos que fazer lá no Aterro do Flamengo não é nada animador, já que passamos ao lado da chegada e ainda temos que correr quase quatro quilômetros.

Outro ponto, é o horário. A prova da Caixa, o início é às 7h; na prova da Yescom, somente às 9h, com o sol “a pino”. Ponto para a  Caixa.

Comparações à parte, me saí bem nas duas provas. Depois de ter corrido como um maluco na 1ª Meia Maratona de BH, intercalada entre as meias do RJ, não me exigi muito. Afinal de contas, já estava feliz com o meu resultado em casa, onde considero o meu limite.

Trinta e cinco dias e três meias maratonas. Uma a cada doze dias. Não é que estou gostando das longas distâncias?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O kit da primeira Meia

Diga não às drogas; mas diga “não, obrigado”
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Hoje fui apanhar o kit da 1ª Meia Maratona Internacional de Belo Horizonte. Gostaria de intitular este post como “Um kit de primeira”.


Infelizmente, os Diários Associados, mantenedores do jornal Estado de Minas e da TV Alterosa, da rádio Guarani FM não inovaram e nem superaram os kits de recebemos por aí, corridas afora.

Isto sem falar no atendimento, que me deu a impressão de um amadorismo só.

A entrega foi na sede do jornal, na Av. Getúlio Vargas. Eles não têm estrutura para atender muita gente, num mesmo tempo. Os atendentes bateram cabeça, faltou determinado tamanho de camisa, embora a gente já tivesse informado a priori qual o tamanho que queríamos.

Bom, uma camisa de poliamida preta. Logo preta? Putz, a corrida será as 8 da matina de um domingo. Poderiam ter escolhido cor menos, digamos, sinistra. Que dureza. Com o sol a pino, sei não. Saudades das camisas “adidas”………

Na sacolina, acompanhando a camisa, um hidrotônico I9. E só. Kit? Nada um dueto. Olha, o kit do Circuito Athenas é bem melhor e de qualidade.

Logo no primeiro evento desse porte na cidade de Belo Horizonte, poderiam ter exagerado e já botado banca, mostrando que esta primeira prova veio para ficar.

Confesso que não estou com fé na continuidade deste evento. Espero estar errado.

E cá entre nós: chega de Pampulha, né?

Eu sou o Ricardo e esta é minha saga.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A gente também deixa de correr

A imagem que nós temos de alguns corredores é daquelas pessoas que não largam a corrida para nada. Vislumbro pessoas assim.

Faça chuva, faça sol, contra todas as intempéries, suprimem compromissos e estão lá, firmes e fortes, treino a treino, corrida a corrida, e tome planilha. Tem gente que é maluca por corrida. E é assim mesmo.
Mas há momentos em nossas vidas que deixamos de lado a loucura, para fazer o que deve ser feito. Sob pena de, se não o fizermos, abdicarmos de valores que, com certeza, nos trouxeram até aqui.

Sábado eu estava preparado para mais uma corrida, a 26ª da minha “carreira”, se posso dizer assim. XIV Circuito Nacional de Corrida do Carteiro – Etapa Regional Minas Gerais 2010, na última versão a ser corrida no centro de BH, já que para o ano que vem, novo percurso: Lagoa da Pampulha (uma pena, já que circuitos com trajetos “alternativos” à Pampulha são mais interessantes, diferentes e nos fazem olhar a cidade de outra maneira).

Mas logo tive uma notícia que me deixou feliz, pois estaria em BH, no sábado, no última dia de sua estada em terras mineiras, meu amigo Oswaldo, acompanhado de sua família, dando o ar da graça (“graça” só me traz boas lembranças) por aqui.

Não vou tecer aqui comentários sobre a pessoa do Oswaldo, sua saga (e a minha também, há vinte anos atrás, lá pelas bandas de Goiás, com meu amigo Helton). Num blog de corredor, que se propõe a escrever sobre corrida, haveria aquele natural desvio do assunto.

O que quero ressaltar é que já deixei de correr algumas provas por razões diversas, que me colocaram “à prova”. Mas também há razões que nos fazem pensar que, se a gente acha que correr é “tudo”, tudo é mais ainda.

No sábado, deixei de correr e não me arrependo. E valeu à pena, pelo contato, pelas lembranças revividas, pelos valores reafirmados, pelo aperto de mão, o abraço carinhoso e, lógico, o churrasco e a cerveja.

Eu sou o Ricardo e no sábado desisti de mais uma prova. Não foi a primeira e não será a última.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

E não é que cheguei lá?

DSC00613 No mês de setembro do ano passado, corri a minha primeira meia maratona, na cidade do Rio de Janeiro, em 2h15m53s. Era a meia da Yescom, cujo horário de largada não ajudou muito, em face ao calor do Rio. Foi uma corrida “maneira”.

Este ano parti para o RJ onde completaria a minha quarta meia maratona. Conforme disse aqui antes, desanimado, abatido, sozinho, segui em frente. Afinal de contas, havia dez dias que eu não estava treinando, por conta de uma gripe que me acometia.

Já no Rio, no sábado, frustração por não ter participado do jantar de massas com a galera do Twitter. Mal informado, sem conhecer alguém pessoalmente, tímido que sou, não consegui entrar no restaurante La Mole, local combinado. Lotado. Mas tudo bem. Não fui o único que “sobrou” e fiz o meu jantar de massas em Copacabana, junto com um pessoal que conheci lá na pizzaria, de Juiz de Fora, e que iriam correr a Maratona.

No domingo, vacilo. A largada seria na Barra da Tijuca e, na ansiedade, me confundi e achei que seria no mesmo local da largada do ano passado, só que da prova da Yescom. Parei em São Conrado ao descer da van, 3 km antes do local da largada. Que dureza!! Bem que notei que estava tudo calmo demais.
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Consequência? Depois de parar um táxi na marra, a solidariedade falou mais alto e dois colegas me deram  “carona” (ok, me custou R$5,00). Coincidência, eram corredores de BH; cheguei em cima da hora, perdendo o “BondSub2h”, já que havíamos combinado de encontrar as 6h20 para, quem sabe, largarmos e corrermos juntos (embora isto nem sempre funcione, pois cada um tem o seu ritmo).

“no problem”, pensei e fui, num tempo inicial acima de 6 minutos por km.  Estava receoso, pois dias sem treinar, não queria abusar.

Segui num ritmo confortável até o início da subida da Av. Niemeyer, quando, revendo meus meus cálculos, percebi que teria que “me colocar na corrida”, ou seja, por honra, fazer uma prova sub2h, quem sabe equiparando meu tempo na Meia de São Paulo, que foi de 1h55m57s.

Ora, já chegando no Leblon, comecei apertar o passo, em franca recuperação e, em Ipanema, já estava num ritmo forte. Em Copacabana, já estava satisfeito, sabendo que, se mantivesse o pace, já estava equiparando à Meia de Sampa.

Como disse a Yara Achôa em seu texto, também tenho “mania” de ficar fazendo contas o tempo todo, realizando cálculos e projeções. E foi no meu cálculo mental que percebi que chegaria na faixa de 1h52 e assim segui até à reta final, alegre e satisfeito. Foco, admirando, como sempre, a paisagem e fui embora.

Tempo final? 1h52m29s. Yes i run!

Como no ano passado, não chorei, emoção contida. Eu havia conseguido, por mim mesmo, sozinho, na cautela, sem arroubos ou incentivos. Mas eu estava lá.

Eu sou o Ricardo e esta é minha saga!

sábado, 17 de julho de 2010

A meia, na inteira

Pois bem, lá vou eu correr a Meia Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro, prova inserida dentro da Maratona. É a “meia” dentro da “inteira”.

Como todo bom corredor que já fez alguma loucura na vida, estou indo sem a preparação adequada, abatido que fui por uma gripe “pesada”, há uma semana. Estou melhor, quase 100%, mas fiquei sem treinar esta semana.

Apostando num condicionamento adquirido ao longo da minha jornada, sigo ansioso. Estava desanimado até mesmo a seguir para o RJ, mas o “BondSub2h” da galera do twittersrun me jogou na prova novamente.
No RJ “quebrar” não é problema, imagina só: podemos quebrar no Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo… Quer mais, tendo, o tempo todo, o mar à sua direita, lembrando que estamos na cidade maravilhosa?

Já corri uma meia no RJ e pra lá retorno. É um caso de amor com a cidade, uma história de amor na cidade.
Também estou animado com a possibilidade de conhecer o pessoal do twittersrun. Aqui também, uma ansiedade danada, alegria de criança quando ganha um pirulito; afinal de contas são tantas histórias de superação que acompanhamos, modelos que “seguimos”, entramos na vida virtual de cada um e … olha a chance de conhecer os feras pessoalmente.

Bom, em cima da hora, tô pulando fora, estrada e, se Deus quiser, encarar mais essa.

terça-feira, 25 de maio de 2010

A corrida da João

DSC00372Não se engane não, o título é este mesmo. Hoje escrevo sobre a 5ª Corrida Av. João César de Oliveira, realizada no último domingo, dia 23/05/2010.

Contudo, antes de narrar o que de comum ocorre num evento como este, quero aqui relembrar que a minha ‘caminhada’ na corrida iniciou-se lá. Literalmente.

Lá nos idos de 4 de maio de 2008, aconteceu a 3ª Corrida Rústica da Avenida João César de Oliveira, com largada no viaduto do Cinco de Contagem, à direita do Hospital Municipal (Rua José Pedro esquina com José Permínio Araújo). Naquela oportunidade, participei de minha primeira ‘prova’: uma caminhada. Sim, a corrida trazia ali uma ‘inovação’, uma caminhada, com o percurso de 3 km e largada juntamente com a corrida. Ah, minha primeira medalha como concluinte.

DSC00330 Quem me viu e quem me vê! DSC00331

Convém aqui mencionar que a corrida não teve taxa de inscrição; foi a famosa “de grátis”, já que a doação de 1 kg de alimento não perecível não pode ser considerada como pagamento. Infelizmente, a camiseta oferecida pela organização do evento era “de doer”: 100 poliéster e o tamanho M, por mim escolhido, parecia quase que um baby look (ok, ok, sem exageros). Mas o que tinha de homens com camisetinhas apertadinhas, tinha; foi engraçado.

Provavelmente quem escolheu o “material” não é corredor, pois todos nós sabemos que camiseta de corrida TEM QUE SER DE POLIAMIDA, com tecnololgia Dri-FIT. Que dureza, prefeita!!!
Outra reclamação, foi a cronometragem: só marcação do tempo bruto.

Já a corrida em si não teve novidades. O trajeto, de 10km, inicia-se na Avenida João César de Oliveira nº. 1275 (em frente a Caixa Econômica Federal). O percurso, aferido pela federação Mineira de Atletismo com acompanhamento da SEL,Secretaria Municipal de Esporte e lazer Contagem, continha placas sinalizando a quilometragem, indicando km por km (não precisava né?). O retorno se deu próximo ao restaurante Portal.

O percurso apresenta certo grau de dificuldade, já que cheio de subidas e descidas. Mas nada que amedronte e nos derrote antes da jornada ou até mesmo durante ela.
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Ao final, aquele banho no portal da Copasa, para lavar a alma de mais um dia de missão cumprida.
Tempo: 50”42’

terça-feira, 4 de maio de 2010

Maratona de São Paulo: quando se chega aos 25

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Neste domingo participei da minha mais longa corrida. Fiz a corrida de 25 km, incluída na Maratona Internacional de São Paulo.


Como todo corredor que se preza, que é maluco, peguei o Guerreiro  do Asfalto e lá fui eu, rodar, mais uma vez, cerca de 1.200 km para participar de uma corrida. Em março, já tinha participado da Meia Maratona de São Paulo. Então, na Maratona, já sabedor que iria encarar ‘só’ 25 km, fui pra lá, sozinho, saí daqui desanimado, mas voando baixo na Fernão Dias.

Já disse num outro artigo que São Paulo é ‘tudo muito’: tudo grande, tudo longe, muita gente, muito carro e por aí vai.

Daí que, em Sampa você não larga; você navega com 
fot_percurso03_pop um tantão de gente. A Ponte Estaiada, magnífica obra de engenharia, virou  Ponte “Gentalha”, no bom sentido, tendo em vista o mar de gente passando lá.

Nos 3 primeiros quilômetros, não há tempo, não há marcação. Não dá pra correr. Somente depois, passada a euforia inicial, comecei a encaixar meu ritmo.

Minha primeira surpresa, já que nunca havia participado de uma maratona, foi a presença de bandas animando a galera. Em pontos específicos do percurso, lá estavam os músicos tocando o rock paulista. Legal.

Emoção à parte foi correr no túnel Jânio Quadros, de quase 2 km de extensão, que passa sob o canal do Rio Pinheiro. Bola “fora” neste ponto do trajeto para os mijões.

Até depois que sai do túnel, estava pensando em cometer uma loucura: quem sabe não é hoje que eu corro uma maratona? ha ha ha. Sem preparação alguma, chegando na altura do km 14 calculei que ainda faltaria correr 2 vezes mais o que eu havia corrido até então e, como meu ritmo estava forte (para uma maratona), desisti da loucura, já ‘chamando’ a razão para checar na mente os 11 km que faltavam.

E por falar em faltar, faltou um gel, pois levei apenas dois e senti que precisaria de mais um.

Foi assim que, lá pelo km 22, já dentro da Cidade Universitária, achei que não daria pra chegar; no km 23 eu pensei “chega 30 mas não chega 25), encaxei um trote pra finalizar e empurrei meu corpo até a chegada. 
O pace subiu, mas na média finalizei em 5’29 por km.

Ufa! Êba. Missão cumprida. Fiquei contente, na marca dos 21km vi que havia baixado meu tempo de meia maratona em 1 min.

Ao final, cansado, com fome, longe do hotel, peguei um trem (o que pra nós aqui em Beagá chamamos de metrô) e fui me esbaldar numa churrascaria, comer um bom churrasco paulista.

Afinal, ninguém é de ferro, né?